Belo Horizonte, .
 
 
 

 


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.: Dados de emprego impulsionam bolsas

sem imagem Os dados de emprego divulgados nos Estados Unidos ontem roubaram as atenções nos mer-cados financeiros internacionais. A economia ainda dá sinais de fraqueza. Nesse cenário, se fortaleceram as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) irá reduzir os estímulos monetários apenas em 2014. Essa perspectiva de continuidade na liquidez favoreceu as bolsas, o ouro e os Treasuries, enquanto o dólar e o petróleo perderam força. O índice de ações S&P 500 fechou em nova máxima histórica. Economistas e analistas afirmaram que a lenta recuperação do mercado de trabalho já havia sido um dos principais motivos para o Fed decidir não reduzir o programa mensal de US$ 85 bilhões em compras de títulos em sua reunião de setembro, como muitos esperavam. "Os dados fracos justificaram completamente a cautela demonstrada pelo banco central em se-tembro", disse Joseph Trevisani, estrategista da WorldWideMarkets. "Os números [de ontem] não empolgaram e o mais provável é que o Fed comece a diminuir o programa de compra de bônus só em março, quando houver uma melhora significativa no crescimento e no emprego", disse em nota a clientes o analista Allan von Mehren, do Danske Bank. O Departamento do Trabalho dos EUA informou que em setembro foram criados 148 mil pos-tos, abaixo da estimativa de 180 mil. A taxa de desemprego, no entanto, caiu para 7,2% ante os 7,3% de agosto. O resultado de agosto foi revisado para 193 mil vagas, de 169 mil divulga-das anteriormente. Os dados de julho, por outro lado, foram revistos para baixo, e passaram de 104 mil para 89 mil. O levantamento de setembro saiu com atraso por causa da suspensão parcial das atividades do governo americano no começo do mês, que se arrastou por 16 dias. Em Wall Street, o índice Dow Jones subiu 0,49%, para 15.468 pontos. O S&P 500 valorizou 0,57%, para 1.755 pontos. E o Nasdaq ganhou 0,24%, a 3.930 pontos. Entre os destaques do setor corporativo, o desempenho das empresas de tecnologia desapontou. As ações da Netflix caíram 9,15%, pressionadas pela forte realização de lucros depois dos ganhos obtidos com divulgação do balanço da companhia. Os papéis da Apple cederam 0,29%, após o lançamento dos novos modelos de iPad. Na Europa, o mercado também teve um dia de ganhos. A bolsa de Londres teve alta de 0,62%. O DAX, de Frankfurt, registou recorde de fechamento, ao avançar 0,90%, para 8.947,46 pontos. O contrato do ouro para dezembro, o mais negociado, subiu US$ 26,80 (ou 2%) e terminou a US$ 1.342,60 a onça-troy. No mercado de Treasuries (papéis do Tesouro dos EUA), os juros das T-notes de 10 anos recuaram de 2,609% para 2,516% no fim da tarde de ontem, o menor patamar desde meados de junho. Os juros se comportam de maneira inversamente proporcional aos preços. No câmbio, o dólar se desvalorizou ante as principais divisas. O euro subiu 0,743%, para US$ 1,3783. Durante as operações, bateu em US$ 1,3792, menor nível em quase dois anos. (Jornal Valor)

 

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